segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Mensagem para 2016 do Bloco de Esquerda

"O Bloco de Esquerda é a força da esperança"


A vontade do povo trouxe-nos novas responsabilidades. 

Respondemos sem hesitação.

Foi possível um acordo para tirar a direita do governo e para parar o empobrecimento.

O caminho não será fácil.

Em seis anos tivemos seis crises bancárias e os problemas estão longe de terem terminado.

A dívida pública, a Europa autoritária, continuam a chantagear Portugal. Mas, não baixamos os braços!

Num mês foi possível acabar com a sobretaxa para 3,5 milhões de famílias.

Repusemos os feriados roubados e os salários cortados, da função pública, ao longo de 2016.

Conquistámos o aumento do salário mínimo nacional para 530 Euros já em Janeiro e 557 Euros, pelo menos, já daqui a um ano.

Ao mesmo tempo, defendemos a educação, com o fim dos exames do 4º ano e da prova de despedir professores.

Acabámos com a humilhação das mulheres que decidem abortar e eliminámos a descriminação das famílias na hora de adoção, protegendo todas as famílias, todas as crianças. 

Isto é só o começo.

O Bloco de Esquerda é a força da esperança.

Para continuar, precisamos de TI !

Bom 2016

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Legislativas 2015 - Proposta de Candidatura





Cristina Ferreira e Mariana Aiveca - Em Casa da Cultura de Beja.
Candidatas do BE no círculo eleitoral de Beja às Eleições Legislativas 2015.

Mais uma vez a Casa da Cultura de Beja acolheu, no passado dia 27 de Junho, um evento do Bloco de Esquerda. Desta feita, realizou-se no espaço BDTeca deste fórum, a Assembleia Distrital de Beja do Bloco de Esquerda que reuniu os representantes das Coordenadoras e Núcleos Concelhios, para votação da lista de candidatura pelo círculo eleitoral de Beja, e o respectivo programa de ação para as próximas Eleições Legislativas.


Cumprindo os critérios de paridade, abrangência geográfica e ação política, foi aprovada por maioria absoluta a seguinte lista de candidatos:




  • MARIANA AIVECA
  • JOSÉ PEDRO OLIVEIRA - Beja
  • CRISTINA FERREIRA - Almodôvar
  • PEDRO GONÇALVES - Odemira
  • INÊS MONTEIRO - Beja
  • CARLOS VALENTE - Serpa

O Núcleo Concelhio de Almodôvar do Bloco de Esquerda, congratula a candidata Cristina Ferreira pela coragem de integrar esta equipa assim como a sua vontade em representar o nosso concelho. Está, pois, confiante que os cidadãos almodovarenses e os do distrito de Beja, saberão dar o seu reconhecimento a estes candidatos.


sexta-feira, 1 de maio de 2015

1º de Maio


Significado e história do 1° de maio, Dia do Trabalhador





1 de maio é o Dia do Trabalhador, data que tem origem a primeira manifestação de 500 mil trabalhadores nas ruas de Chicago, e numa greve geral em todos os Estados Unidos, em 1886. Três anos depois, em 1891, o Congresso Operário Internacional convocou, em França, uma manifestação anual, em homenagem às lutas sindicais de Chicago. A primeira acabou com 10 mortos, em consequência da intervenção policial. São os factos históricos que transformaram 1 de maio no Dia do Trabalhador. Até 1886, os trabalhadores jamais pensaram exigir seus direitos, apenas trabalhavam.


No dia 23 de abril de 1919, o Senado francês ratificou as 8 horas de trabalho e proclamou o dia 1º de maio como feriado, e um anos depois a Rússia fez o mesmo.

No Brasil é costume os governos anunciarem o aumento anual do salário mínimo no dia 1 de maio.

No calendário litúrgico celebra-se a memória de São José Operário por tratar-se do santo padroeiro dos trabalhadores.

Em Portugal, os trabalhadores assinalaram o 1.º de Maio logo em 1890, o primeiro ano da sua realização internacional. Mas as ações do Dia do Trabalhador limitavam-se inicialmente a alguns piqueniques de confraternização, com discursos pelo meio, e a algumas romagens aos cemitérios em homenagem aos operários e ativistas caídos na luta pelos seus direitos laborais.

Com as alterações qualitativas assumidas pelo sindicalismo português no fim da Monarquia, ao longo da I República transformou-se num sindicalismo reivindicativo, consolidado e ampliado. O 1.º de Maio adquiriu também características de ação de massas. Até que, em 1919, após algumas das mais gloriosas lutas do sindicalismo e dos trabalhadores portugueses, foi conquistada e consagrada na lei a jornada de oito horas para os trabalhadores do comércio e da indústria.

Mesmo no Estado Novo, os portugueses souberam tornear os obstáculos do regime à expressão das liberdades. As greves e as manifestações realizadas em 1962, um ano após o início da guerra colonial em Angola, são provavelmente as mais relevantes e carregadas de simbolismo. Nesse período, apesar das proibições e da repressão, houve manifestações dos pescadores, dos corticeiros, dos telefonistas, dos bancários, dos trabalhadores da Carris e da CUF. No dia 1 de Maio, em Lisboa, manifestaram-se 100 000 pessoas, no Porto 20 000 e em Setúbal, 5000.

Ficarão como marco indelével na história do operariado português, as revoltas dos assalariados agrícolas dos campos do Alentejo, que tiveram o seu grande impulso no 1.º de Maio de 62. Mais de 200 mil operários agrícolas que até então trabalhavam de sol a sol, participaram nas greves realizadas e impuseram aos agrários e ao governo de Salazar a jornada de oito horas de trabalho diário.

Claro que o o 1.º de Maio mais extraordinário realizado até hoje, em Portugal, com direito a destaque certo na história, foi o que se realizou oito dias depois do 25 de Abril de 1974.


(Fonte: http://pt.euronews.com/2015/04/30/significado-e-historia-do-1-de-maio-dia-do-trabalhador/ )

segunda-feira, 9 de março de 2015

Catarina Martins em Neves-Corvo - ronda de contactos com trabalhadores, instituições e populações no distrito de Beja. (09/Mar/2015)




Sob convite da Comissão Coordenadora Distrital de Beja, a porta-voz do Bloco de Esquerda, Catarina Martins,  realizou uma ronda de contacto com as populações e instituições e trabalhadores, cuja organização esteve a cargo das Comissões Concelhias de Castro Verde e Beja, assim como do Núcleo Concelhio de Almodôvar.

Esta ronda teve início na mina de Neves-Corvo, concessionada à Somincor, S.A., com o contacto e recolha de assinaturas para a petição Pela Desvinculação de Portugal do Tratado Orçamental, junto dos trabalhadores que laboram no couto mineiro e onde também foi concedida uma entrevista para a rádio local: Castrense FM. (Registo sonoro e transcrição abaixo)







Nota:

Por falha técnica, o registo sonoro iniciou-se algum tempo depois de iniciada a entrevista. Assim a transcrição inicia-se com a porta-voz do BE - Catarina Martins; a responder ao jornalista sobre a presença do Bloco de Esquerda naquele local e sobre o que motiva a recolha de assinaturas contra o Tratado Orçamental.


"(...)

Catarina Martins – BE:

Os tratados são assinados sem que exista um único referendo. E esse tratado [Orçamental] impõe que em Portugal se corte, a cada ano que passa, 5.800 milhões [Euros] do Orçamento de Estado. Isto é o equivalente a tudo o que gastamos em educação num ano. E as pessoas, que viram como este ano as escolas já não abriram a tempo, como os hospitais já não responderam às necessidades. As pessoas têm as pensões cortadas, percebem que não se pode cortar mais, naquilo que é essencial: a educação, a saúde, a proteção social. E portanto, temos estado pelo país a recolher estas assinaturas [petição Pela desvinculação de Portugal do Tratado Orçamental], para que as pessoas saibam porque é que a austeridade lhes está a ser imposta, e que saibam que está na sua mão, também, que Portugal deixe de estar imposto a esta austeridade, e possa ter uma outra alternativa.
Estar aqui hoje, [Neves-Corvo – Somincor] é muito importante. Esta é uma empresa com tantos trabalhadores, tão importante para a economia e que é preciso mobilizar todas estas pessoas. Porque são estas pessoas que aqui trabalham, como em todo o país, que constroem a nossa economia, que podem construir o nosso futuro, mobilizá-las todas, porque a austeridade não tem de ser permanente e pode existir uma alternativa.


Rui Rosa – Castrense FM

E qual foi a recetividade dos mineiros?


Catarina Martins – BE:

Ah! Tivemos uma muito boa recetividade, recolhemos uma série de assinaturas. As pessoas compreendem.
Em Portugal, toda a gente percebe que a austeridade foi uma grande mentira, que nos criou tantos problemas. Porque a austeridade vinha, dizia-se, para resolver o problema da dívida pública e, de facto, a dívida pública está cada vez mais alta, e [para] o que a austeridade serviu foi para negar direitos às pessoas: direitos sociais, laborais, ambientais. E portanto, eu julgo que há uma grande perceção no país de que não pode ser mais assim. Já basta de cortes, e que é preciso que o nosso país esteja de cabeça levantada na Europa e que possa ter emprego, crescimento, salários, dignidade.

Rui Rosa – Castrense FM:

Aproveitando o facto de estar aqui consigo, uma última questão: o Alentejo tem uma empresa desta dimensão, o Alentejo tem um clima, que é aquele que se pode constatar já em pleno mês de Março, o Alentejo tem tantas condições para ser uma região, quiçá e há mesmo quem defenda que tem condições para ser uma região sui-generis no país, porque é que quando se olha para o Alentejo se vê despovoamento e mais despovoamento, pobreza, envelhecimento. O que é que é necessário para invertermos isso?

Catarina Martins – BE:

Tem-se olhado para o país com duas perspetivas profundamente erradas! A primeira é uma perspetiva centralista que não pensa o desenvolvimento de todo o território. Pensa na concentração de recursos na zona de Lisboa e bem pouco mais, mas que tem vindo a despovoar o território. E, esta tem muitos anos e é profundamente errada. E a segunda [perspetiva], igualmente nefasta, tem sido a visão de que o país só deve fazer o que os mercados financeiros deixarem. Só deve fazer o que a banca deixar. E, em vez de se ter um plano estratégico para o país, a longo prazo, andamos a gerir o país a curto prazo ao sabor do que a finança manda. E portanto, o que é necessário neste momento é que no país haja uma visão de crescimento, de investimento. O Alentejo tem tudo para ser uma zona de grande produção e de grande desenvolvimento, o que é preciso é [que haja] vontade política e isso depende também de que as pessoas todas façam ouvir a sua voz e a sua exigência para um outro modelo para o nosso país. Um modelo que respeite todo o território, toda a população, e um modelo que tenha, no longo prazo, o desenvolvimento, a criação de emprego, no centro do que devem ser as decisões políticas do país. (...) “

Seguiu-se o almoço, na aldeia de Corvo, adjacente a esta unidade industrial, num estabelecimento típico, para depois prosseguir o programa desta ronda, que incluiu a visita a uma instituição de apoio social em Beja e o contacto com a população do bairro social da Esperança.



Visita a Instituição Apoio Social em Beja
Contacto com população no Bairro da Esperança

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Nota Informativa JAN/2015-01

“Legionella – A Saga Continua.”



É com elevada gravidade que o núcleo almodovarense do Bloco de Esquerda toma conhecimento do Edital n.º 5 de 16 de Janeiro de 2015, comunicado camarário que informa sobre a presença da bactéria Legionella na água da rede municipal de abastecimento.

Passados cerca de 4 meses do episódio de Setembro de 2014, seria de esperar que o executivo liderado pelo socialista António Bota, viesse agora dirigir-se à população, com uma informação exatamente oposta à publicada neste Edital, ou seja, no sentido de que as bactérias Legionella tivessem sido erradicadas dos sistemas de abastecimento de água.

Após a atenta leitura do comunicado afixado nos locais públicos usuais, o BE-Almodôvar mantém as críticas que motivaram a sua anterior Nota Informativa – Setembro/2014-04 titulada “Bactérias na Água de Rede?”, relativamente aos seguinte pontos:

  1. Sobre que medidas estão a ser tomadas por parte dos serviços camarários.
  2. Pela falta de informação sobre quem tomará a seu cargo os custos da utilização da água conforme preconizada nos procedimentos descritos.
  3. Pela fraca divulgação do edital que não chegou a todos os munícipes.

Entre Setembro de 2014 e a presente data, é de conhecimento público a existência de vários focos de contaminação desde, em locais geograficamente mais perto, como na Mina de Neves-Corvo a outros, mais afastados, como Sines ou em Vila Franca de Xira, este último com o registo de vários mortos. Inclusive, foi do conhecimento do BE-Almodôvar que, alegadamente, um de nossos cocidadãos foi internado devido a ter desenvolvido a doença do legionário em resultado do episódio de Setembro, e quase engrossou a lista nacional de fatalidades por essa doença.

Assim, é imperativo uma resposta cabal às questões:

  • Já que se reforçou a monitorização da qualidade bioquímica da água, não é já tempo de uma maior acuidade no controlo do abastecimento da rede?
  • A cada novo teste positivo vão os serviços duplicar a dose de desinfetante até que só haja “lixívia” a correr nas torneiras dos munícipes?
  • Até quando vão os munícipes pagar o preço de água com qualidade e segurança quando esta não as tem?
  • Estão os centros de saúde e hospitais de Almodôvar, Castro Verde e Beja preparados para dar resposta aos eventuais casos de “legionella” que apareçam?
  • Porque é que a Legionella só “aparece” ao fim de semana?
Muitas das críticas e questões que o BE-Almodôvar aqui deixa vão muito para além da própria situação de contaminação das águas, e abarca todo um percurso que sucessivos governos PS/PSD/CDS, fizeram no sentido da Austeridade, da troika, e toda a forma de subserviência ao grande capital.

É exemplo disso a privatização desse bem que deveria ser público e de qualidade: a Água!

E também a privatização do Serviço Nacional de Saúde…

Com que resultados? Estão à vista:

   – Água de qualidade biológica duvidosa para usar.
   – e a incerteza de Serviços de Saúde capazes de uma eventual resposta eficaz.