sábado, 30 de dezembro de 2017

Mensagem de Final de Ano (2017)


Retrospetiva 2017





2017 foi um ano de muitas ambiguidades e contrariedades.

Estamos a completar mais um ciclo anual de 365 dias com muitas histórias, vivências, descobertas, tragédias, conquistas, alegrias, amizades, surpresas ou nem tanto.

Por isso destacamos algumas.

Os trágicos incêndios florestais de Pedrógão e outros que tantas vidas ceifaram, e outras mais arrasou.

Mas também queremos destacar a resiliência, a fraternidade e solidariedade, que estes momentos mais duros suscitam nas gentes de Portugal, sejam elas mais ou menos próximas aos locais ou às vítimas da tragédia.

Em 2017, persistiram a pobreza e a miséria; continuaram a faltar meios nos mais diversos serviços públicos, como no Serviço Nacional de Saúde, e na escola pública, mas… nem tudo foi tragédia - 2017 foi também um ano que consolidou a trajetória, pelo 2º ano consecutivo, de recuperação da economia que naturalmente tem de ser posta ao serviço de quem menos tem.

Começámos esta retrospetiva olhando para fora, no plano nacional, mas e Almodôvar?

Almodôvar não é imune aos fenómenos externos ao concelho e, naturalmente, todos os homens e mulheres almodovarenses, foram tocados pelos acontecimentos que decorreram dentro e fora do seu concelho.

Numa perspetiva mais “caseira”, o que o Núcleo do BE de Almodôvar destaca em 2017 no seu concelho?

Comecemos pelas maiores, as Megalómanas, pois saltam mais à vista.

Almodôvar, vila, tem agora uma nova ponte. Uma obra que custou ao erário público a “insignificância” de 1 milhão e 200 mil euros. Coloque-se de parte as opções estéticas e técnicas, fica a pergunta: o que se resolveu com esta obra? Eventualmente apenas uma satisfação egocêntrica, mal disfarçada de embelezamento de uma das saídas da vila e que fica justamente na rota EN2.

Na onda do embelezamento, também na Vila, o bairro de São Pedro teve direito a uma recauchutagem de 90 mil euros – com direito a visita de Primeiro-ministro, perdão, do cidadão António Costa, militante socialista; que de tão deslumbrado com as magnificências Almodovarenses, passados dias retornou para provar a nossa gastronomia, e só por pouco não gastou as calorias da nossa rica comidinha nos aparelhos de ginástica do Jardim da Urbanização de Santo António (140.000 Euros), que na altura ainda estava em construção.

Ainda em construção, está também a estátua das Botas de Mineiro (pelo menos essa é a parte que se conhece das fotos que o Município de Almodôvar… perdão mais uma vez; o cidadão António Bota (presidente de câmara), publicou no seu perfil do Facebook), que além de dar o toque final ao embelezamento da saída sul da vila, honra o legado que tantos homens e mulheres que fazem das minas o seu modo de vida, deixaram e continuam a deixar nesta terra.

Talvez um vazio na inspiração do artista esteja a fazer dilatar o prazo da sua instalação no local definitivo, ou o orçamento de execução tenha ultrapassado a tão ambicionada derrama. Talvez mesmo, uma atitude solidária com as lutas laborais nas minas da região. Só é pena não se saber para que lado pende a solidariedade: se para o lado dos trabalhadores em greve depois de vários anos a tentar resolver as divergências sem esse conflito, se do lado das empresas que até por sinal patrocinam uma enorme quantidade de eventos, mais ou menos culturais, que se organizam quase todo o ano.

Focando-nos nos eventos mais ou menos culturais, 2017 mereceu a repetição de mais ou menos a mesma lista de eventos dos outros anos, com uma ou outra novidade pelo meio. O Órgão de Tubos no convento de Nossa Senhora da Conceição é uma dessas novidades. Pena é que ao lado, haja aquele edifício forrado a cortiça cuja função parece ser a de sumidouro de dinheiro e não de Cineteatro como deveria.

2017 foi também ano de eleições autárquicas. O BE, organizado no seu núcleo concelhio procurou vir a ser uma alternativa à "mesmice", nos órgãos a que concorreu. Não quiseram os eleitores que assim acontecesse, ou talvez porque o nosso aparelho de propaganda, menor em recursos e tempo, não teve capacidade de suplantar a campanha do adversário vencedor. Por exemplo, não usámos alcatrão, nem outros materiais em obras públicas, nem utilizámos a gestão corrente da autarquia – os trabalhos que ela forçosamente tem de executar no dia-a-dia; como materiais de propaganda. Como disse a nossa candidata autárquica no debate radiofónico que houve, viveu-se 2017 (e nos anos anteriores) numa verdadeira campanha eleitoral.

Brevemente chegaremos a 2018, e com este haverá a devolução de direitos e rendimentos para pensionistas, trabalhadores do público e do privado, com contrato ou recibos verdes, para quem vai passar a pagar menos IRS ou ter aumento no Salário Mínimo Nacional. Mas falta mais, muito mais!

À entrada do novo ano, renovam-se as vontades, as aspirações, e sobretudo as oportunidades para melhorar, seja de forma individual, seja coletivamente.

O Núcleo Concelhio de Almodôvar do Bloco de Esquerda, deseja verdadeiramente essa melhoria, em todos os planos da vida dos nossos co munícipes, em particular daqueles que ainda estão em situação laboral precária, irregular ou atípica, e sujeitos à boa vontade política de quem governa. Daqueles que se encontram em situação socioeconómica frágil e dependente de uma bênção caritativa. E tantas outras situações.

Este é o compromisso do Núcleo de Almodôvar do Bloco de Esquerda para 2018: contribuir para a melhoria das condições de vida dos homens e mulheres do nosso concelho, construindo com eles uma sociedade mais justa e livre.


O BE-Almodôvar, deseja-lhes um Feliz 2018!




Almodôvar, 30 de dezembro de 2017


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