sábado, 3 de março de 2018

Cristina Ferreira - Crónicas ( XIV )














O Bloco surgiu em 1999, resultante da aproximação de três forças políticas: a União Democrática Popular, o Partido Socialista Revolucionário e a Política XXI, às quais posteriormente se juntaram vários outros movimentos.

Na formação do Bloco, juntaram-se ainda pessoas sem filiação anterior, mas que já haviam mostrado identificar-se com os movimentos indicados, destacando-se, no grupo inicial, Fernando Rosas.

Desde o início, o Bloco apresentou-se como uma nova força política que não negava a sua origem nos três partidos citados e que tinha uma organização interna democrática, mais baseada na representação dos aderentes do que no equilíbrio partidário. A adesão de novos militantes, sem ligação anterior a qualquer um dos partidos originários, contribuiu para esse efeito.

O Bloco foi incluindo ainda outros grupos e tendências: desde pequenos grupos políticos, até grupos que, não sendo organizações políticas, são grupos de interesse constituídos já dentro do Bloco.



Entretanto, os partidos constituintes entraram num processo de autoextinção, que demarcou uma nova maneira de pensar na esquerda europeia e mundial, visto que evidencia a vontade da construção de um partido plural e de acabar com o sectarismo.

As primeiras eleições em que o Bloco de Esquerda participou foram Europeias de 1999, tendo como cabeça de lista Miguel Portas, não conseguindo eleger nenhum deputado mas em outubro de 1999, concorre às eleições legislativas portuguesas elege dois deputados pelo círculo de Lisboa.

Foi a primeira de muitas eleições: legislativas, autárquicas, europeias.

A afirmação nos diversos momentos políticos do país foram sendo cada vez mais visíveis, não só pelo números de eleitos mas pela continuidade das lutas, pela democracia, pela justiça.

Em 2015 elege 19 deputados para a Assembleia da República e muita coisa mudou; a "Geringonça", esse governo PS que tem o apoio negociado com o Bloco de Esquerda e  outros partidos de esquerda mudou, para melhor, a vida dos portugueses e é até um modelo a seguir noutros países.

Aqueles que achavam que o Bloco ia ter uma vida curta enganaram-se e, quer se goste ou não, O Bloco está para ficar e fazer a diferença.

Dezanove anos também tem a distrital de Beja do Bloco de Esquerda.

De uma reunião na Biblioteca Municipal de Beja com Alípio de Freitas, Francisco Louçã,  Miguel Portas e Alberto Matos se dá início à presença do Bloco de Esquerda num distrito muito ocupado politicamente à esquerda.

Os núcleos, as concelhias, a coordenadora distrital são, hoje, uma presença constante no panorama político distrital.A participação em todos os atos eleitorais é prova desse trabalho sério e sólido que se tem vindo a desenvolver com as populações mas destacar, também, as lutas que se travam neste distrito de modo a combater

a gula economicista,
as desigualdades sociais,
os crimes ambientais,

entre muitos outros.

Este é o percurso de quem sabe de que lado se deve fazer a luta!
Pelo que já foi feito mas, também, pelo muito que há a fazer - Parabéns ao Bloco de Esquerda!




02/02/2018

Cristina Ferreira

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