Confinamento
A Quanto Obrigas
Ontem,
foi aprovado, na Assembleia da República, a continuação do estado de emergência
até ao dia 1 de março. Para o Primeiro Ministro, António Costa, nas declarações
que fez ao país, este "não é momento para começar a discutir
desconfinamentos, totais ou parciais" e o "atual cenário de
confinamento" deve ser uma realidade para assumir, por todos, até março.
O
atual nível de confinamento irá manter-se nas próximas duas semanas, sendo o
cenário mais provável para o mês de março, apesar da diminuição de novos casos
e da redução do risco transmissão.
Nas
três mensagens que António Costa deixou ao país todas têm um ponto em comum:
este não é o momento para começar a discutir desconfinamentos, sejam eles
totais ou parciais pois a situação continua a ser extremamente grave, por isso
há que manter o atual nível de confinamento, apesar do esforço cívico dos
portugueses, visto que está a produzir resultados.
Mas
a que custo continuaremos no confinamento?
Pedro
Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, salientou que o
confinamento começa a apresentar resultados, mas que não podemos esquecer que
irá ter consequências: custos enormes seja a nível económico, social, na saúde
mental da população, bem como no desenvolvimento das crianças e jovens. Estes
são os aspetos que têm de ser acautelados, de modo a minimizar os efeitos desta
pandemia.
Assim,
como Ninguém deve ficar para trás o Bloco de Esquerda irá:
–
Propor o pagamento a 100% a todos e todas que tenham que ficar em casa com os
filhos porque a escola está fechada;
–
Propor que quem tem a possibilidade de teletrabalho possa escolher entre
teletrabalho ou ficar a acompanhar as suas crianças, eliminando, assim uma
desigualdade laboral que o governo inventou;
–
Prorrogação automática dos subsídios de desemprego e social de desemprego.
O
Bloco de Esquerda reconhece a necessidade do Estado de Emergência para conter a
pandemia, mas reconhece também que é necessário cuidar do país, das pessoas, da
economia, dos serviços públicos – áreas onde o governo falhou.
Será
altura para perguntar: qual a razão para a inércia do governo nesta crise? Qual
a razão para, em 2020, não investir 7000 milhões de euros? Será que quer ser o
campeão dos poupadinhos?
O
aumento das desigualdades e da pobreza foi notório, o que demonstra que o
governo está a falhar nas respostas fundamentais à crise, logo à sociedade.
É
por isso que se tem de fazer melhor, não cedendo às desigualdades, nem
aceitando o empobrecimento do país. Esta é a proposta do Bloco de Esquerda.
Cristina
Ferreira,12/02/2021
Sem comentários:
Enviar um comentário