sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Cristina Ferreira - Crónicas IV (12FEV2021)

 



Confinamento A Quanto Obrigas

 

Ontem, foi aprovado, na Assembleia da República, a continuação do estado de emergência até ao dia 1 de março. Para o Primeiro Ministro, António Costa, nas declarações que fez ao país, este "não é momento para começar a discutir desconfinamentos, totais ou parciais" e o "atual cenário de confinamento" deve ser uma realidade para assumir, por todos, até março.

O atual nível de confinamento irá manter-se nas próximas duas semanas, sendo o cenário mais provável para o mês de março, apesar da diminuição de novos casos e da redução do risco transmissão.

Nas três mensagens que António Costa deixou ao país todas têm um ponto em comum: este não é o momento para começar a discutir desconfinamentos, sejam eles totais ou parciais pois a situação continua a ser extremamente grave, por isso há que manter o atual nível de confinamento, apesar do esforço cívico dos portugueses, visto que está a produzir resultados.  

Mas a que custo continuaremos no confinamento? 

Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, salientou que o confinamento começa a apresentar resultados, mas que não podemos esquecer que irá ter consequências: custos enormes seja a nível económico, social, na saúde mental da população, bem como no desenvolvimento das crianças e jovens. Estes são os aspetos que têm de ser acautelados, de modo a minimizar os efeitos desta pandemia.

Assim, como Ninguém deve ficar para trás o Bloco de Esquerda irá:

– Propor o pagamento a 100% a todos e todas que tenham que ficar em casa com os filhos porque a escola está fechada;

– Propor que quem tem a possibilidade de teletrabalho possa escolher entre teletrabalho ou ficar a acompanhar as suas crianças, eliminando, assim uma desigualdade laboral que o governo inventou;

– Prorrogação automática dos subsídios de desemprego e social de desemprego.

O Bloco de Esquerda reconhece a necessidade do Estado de Emergência para conter a pandemia, mas reconhece também que é necessário cuidar do país, das pessoas, da economia, dos serviços públicos – áreas onde o governo falhou.

Será altura para perguntar: qual a razão para a inércia do governo nesta crise? Qual a razão para, em 2020, não investir 7000 milhões de euros? Será que quer ser o campeão dos poupadinhos?

O aumento das desigualdades e da pobreza foi notório, o que demonstra que o governo está a falhar nas respostas fundamentais à crise, logo à sociedade.

É por isso que se tem de fazer melhor, não cedendo às desigualdades, nem aceitando o empobrecimento do país. Esta é a proposta do Bloco de Esquerda.

 

Caixa Alta, Rádio Castrense

Cristina Ferreira,12/02/2021

 


Sem comentários:

Enviar um comentário