13º
ESTADO DE EMERGÊNCIA: NOVOS INDICADORES SÃO PRECISOS
O
jornal ECO, na edição de 11 de março, refere que a economia caiu mais na
primeira semana de março do que no início do confinamento, dando continuidade a
um agravamento que já se verificava na última semana de fevereiro.
O
indicador de atividade económica do Banco de Portugal aponta para uma
continuação da deterioração da economia portuguesa na primeira semana de março,
face à última semana de fevereiro, verificando-se uma “queda mais acentuada”, após o forte
impacto do confinamento decretado a meio de janeiro, atividade económica piorou
de tal forma nas últimas duas semanas que já está a registar uma contração da
economia maior do que a registada no início do confinamento (segunda quinzena
de janeiro), na ordem dos menos 10,2%.
Apesar
de a curva ter piorado no início de março, o gráfico com o histórico do
indicador continua a mostrar que esta contração da economia nos primeiros três
meses de 2021, provocada pelo segundo confinamento, é mais parecida com o final
do ano 2020.
A
estimativa da Comissão Europeia aponta para uma contração em cadeia do PIB
português de 2,1% no primeiro trimestre deste ano, o que a concretizar-se será
a maior queda entre os 27 Estados-membros. Já o Fórum para a Competitividade
aponta para uma queda em cadeia de até 6%.
Este
novo indicador divulgado este ano pelo banco central incorpora diversas séries
de informação, como o tráfego de pesados de mercadorias nas autoestradas, o
tráfego de correio nos aeroportos nacionais ou as compras efetuadas com cartões
bancários. O impacto da pandemia gerou uma maior necessidade de recurso a este
tipo de indicadores económicos de divulgação mais frequente, como é o caso do
Diário da Atividade Económica. Isto acontece porque um dos mais relevantes, o
Produto Interno Bruto (PIB), é apenas apurado e divulgado trimestralmente.
A
próxima divulgação do Diário da Atividade Económica. está marcada para 18 de março. “Refira-se que
os valores do Diário da Atividade Económica.
podem ser revistos devido a revisões da informação de base ou à
incorporação de nova informação, em particular referente ao tráfego de veículos
comerciais pesados e carga e correio desembarcados, que têm um desfasamento de
divulgação superior”, ressalva o Banco de Portugal.
Segundo
o jornal Económico é preciso recuar ao início de julho para se registar uma
quebra semelhante na atividade económica nacional, porém, longe da verificada
no início da pandemia, em abril, quando o indicador chegou a cair 23,1%.
Este
indicador ganhou uma relevância acrescida desde a chegada da Covid-19, dado que
permite avaliar no muito curto prazo alterações à economia.
No
entanto, o Parlamento aprovou, dia 11 de março, o 13º estado de emergência, com
os votos a favor do PS, PSD, CDS e PAN.
Mariana
Vieira da Silva, ministra da Presidência, tomou a palavra pelo Governo,
apontando que os "portugueses cumpriram e tiveram capacidade de aderir a
conjunto de medidas muito difíceis para a sua vida".
Aponta
que "este desconfinamento tem que ser gradual e faseado", porque
"sabemos que abertura originará aumento do número de casos, mas também
porque temos hoje conjunto de novas variantes que já se tinham revelado mais
transmissíveis". "O levantamento de medidas não é um fim, é início de
processo que será lento, gradual e implica permanente controlo dos
indicadores", reitera a ministra.
Cristina
Ferreira,12/03/2021
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