sexta-feira, 12 de março de 2021

Cristina Ferreira - Crónicas IV (12MAR2021)


 


13º ESTADO DE EMERGÊNCIA: NOVOS INDICADORES SÃO PRECISOS

 

O jornal ECO, na edição de 11 de março, refere que a economia caiu mais na primeira semana de março do que no início do confinamento, dando continuidade a um agravamento que já se verificava na última semana de fevereiro.

O indicador de atividade económica do Banco de Portugal aponta para uma continuação da deterioração da economia portuguesa na primeira semana de março, face à última semana de fevereiro, verificando-se  uma “queda mais acentuada”, após o forte impacto do confinamento decretado a meio de janeiro, atividade económica piorou de tal forma nas últimas duas semanas que já está a registar uma contração da economia maior do que a registada no início do confinamento (segunda quinzena de janeiro), na ordem dos menos 10,2%.

Apesar de a curva ter piorado no início de março, o gráfico com o histórico do indicador continua a mostrar que esta contração da economia nos primeiros três meses de 2021, provocada pelo segundo confinamento, é mais parecida com o final do ano 2020.

A estimativa da Comissão Europeia aponta para uma contração em cadeia do PIB português de 2,1% no primeiro trimestre deste ano, o que a concretizar-se será a maior queda entre os 27 Estados-membros. Já o Fórum para a Competitividade aponta para uma queda em cadeia de até 6%.

Este novo indicador divulgado este ano pelo banco central incorpora diversas séries de informação, como o tráfego de pesados de mercadorias nas autoestradas, o tráfego de correio nos aeroportos nacionais ou as compras efetuadas com cartões bancários. O impacto da pandemia gerou uma maior necessidade de recurso a este tipo de indicadores económicos de divulgação mais frequente, como é o caso do Diário da Atividade Económica. Isto acontece porque um dos mais relevantes, o Produto Interno Bruto (PIB), é apenas apurado e divulgado trimestralmente.

A próxima divulgação do Diário da Atividade Económica.  está marcada para 18 de março. “Refira-se que os valores do Diário da Atividade Económica.  podem ser revistos devido a revisões da informação de base ou à incorporação de nova informação, em particular referente ao tráfego de veículos comerciais pesados e carga e correio desembarcados, que têm um desfasamento de divulgação superior”, ressalva o Banco de Portugal.

Segundo o jornal Económico é preciso recuar ao início de julho para se registar uma quebra semelhante na atividade económica nacional, porém, longe da verificada no início da pandemia, em abril, quando o indicador chegou a cair 23,1%.

Este indicador ganhou uma relevância acrescida desde a chegada da Covid-19, dado que permite avaliar no muito curto prazo alterações à economia.

No entanto, o Parlamento aprovou, dia 11 de março, o 13º estado de emergência, com os votos a favor do PS, PSD, CDS e PAN.

Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, tomou a palavra pelo Governo, apontando que os "portugueses cumpriram e tiveram capacidade de aderir a conjunto de medidas muito difíceis para a sua vida".

Aponta que "este desconfinamento tem que ser gradual e faseado", porque "sabemos que abertura originará aumento do número de casos, mas também porque temos hoje conjunto de novas variantes que já se tinham revelado mais transmissíveis". "O levantamento de medidas não é um fim, é início de processo que será lento, gradual e implica permanente controlo dos indicadores", reitera a ministra.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/primeira-semana-de-marco-regista-maior-quebra-da-atividade-economica-no-segundo-confinamento-711834

https://eco.sapo.pt/2021/03/11/economia-caiu-mais-na-primeira-semana-de-marco-do-que-no-inicio-do-confinamento/

 

Caixa Alta, Rádio Castrense

Cristina Ferreira,12/03/2021


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