A Rússia Inicia Operação
Militar Em Solo Ucraniano
Depois de Putin ter anunciado
a intervenção militar russa, houve bombardeamentos em várias cidades. O
exército russo diz estar a usar "armas de alta precisão" e apenas a
atacar "infraestrutura militar" para a inutilizar. O governo ucraniano
diz ter contabilizado já oito mortes.
Vladimir Putin anunciou o
início de uma operação militar russa no interior do território ucraniano. O
pretexto utilizado foi o mesmo a que tinha recorrido para reconhecer a
independência das duas repúblicas separatista de Donbass: a proteção dos civis
russófonos na região, nomeadamente em Donetsk e Lugansk. O envio de uma
"força de manutenção de paz" tinha já sido feito então.
Neste novo discurso, o
presidente russo acrescentou que se trata de uma resposta a ameaças de
"genocídio", culpando os ucranianos e que a invasão não tem como
objetivo “a ocupação”, mas a “desmilitarização”. Ameaçou ainda qualquer
resposta militar de outros países com “consequências que eles nunca viram” e
reiterou a exigência de que Ucrânia não seja integrada na Nato.
Depois disso, houve notícias
de bombardeamentos em várias cidades. Estes foram confirmados pelo exército
russo em comunicado referido pela agência noticiosa russa TASS que alegou estar
a usar "armas de alta precisão" e apenas a atacar "infraestrutura
militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e aviação das Forças
Armadas da Ucrânia" para a inutilizar. Zelensky, o presidente ucraniano,
também confirmou "ataques contra a nossa infraestrutura militar e postos
fronteiriços” e impôs a lei marcial.
Para além das cidades
fronteiriças, também houve notícia de duas explosões em Kiev, a capital da
Ucrânia. Mariupol, cidade do leste da Ucrânia, foi alvo de bombardeamentos de
artilharia.
Num primeiro balanço, um
porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano contabilizou oito
mortes e cerca de uma dezena de feridos.
Para Pedro Filipe Soares
"A invasão da Ucrânia pela Rússia é inaceitável"
Na reunião da Comissão
Permanente do Parlamento na quinta-feira, Pedro Filipe Soares afirmou que
"o Bloco de Esquerda condena, sem reserva, o ataque que está em curso e a
ocupação de território de um país soberano. Não há imperialismos bons e
imperialismos maus, são todos perigosos para os povos e por isso o Bloco de
Esquerda rejeita a ação militar russa". O líder parlamentar bloquista
desafiou ainda o Governo a revogar os vistos gold aos oligarcas russos.
Para Sandra Cunha temos de um
lado a crescente movimentação das tropas da NATO e a pressão dos Estados Unidos
da América. Do outro, a escalada militar de um Putin cheio de si. No meio, um
país geoestratégico que é também um poço de recursos naturais valiosíssimos. E
lá dentro, pessoas que se transformam em refugiados, pessoas que sofrem,
pessoas que morrem.
Cristina Ferreira, 25/02/2022
Sem comentários:
Enviar um comentário