sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Cristina Ferreira - Crónicas V (25FEV2022)

 


A Rússia Inicia Operação Militar Em Solo Ucraniano

 

Depois de Putin ter anunciado a intervenção militar russa, houve bombardeamentos em várias cidades. O exército russo diz estar a usar "armas de alta precisão" e apenas a atacar "infraestrutura militar" para a inutilizar. O governo ucraniano diz ter contabilizado já oito mortes.

Vladimir Putin anunciou o início de uma operação militar russa no interior do território ucraniano. O pretexto utilizado foi o mesmo a que tinha recorrido para reconhecer a independência das duas repúblicas separatista de Donbass: a proteção dos civis russófonos na região, nomeadamente em Donetsk e Lugansk. O envio de uma "força de manutenção de paz" tinha já sido feito então.

Neste novo discurso, o presidente russo acrescentou que se trata de uma resposta a ameaças de "genocídio", culpando os ucranianos e que a invasão não tem como objetivo “a ocupação”, mas a “desmilitarização”. Ameaçou ainda qualquer resposta militar de outros países com “consequências que eles nunca viram” e reiterou a exigência de que Ucrânia não seja integrada na Nato.

Depois disso, houve notícias de bombardeamentos em várias cidades. Estes foram confirmados pelo exército russo em comunicado referido pela agência noticiosa russa TASS que alegou estar a usar "armas de alta precisão" e apenas a atacar "infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e aviação das Forças Armadas da Ucrânia" para a inutilizar. Zelensky, o presidente ucraniano, também confirmou "ataques contra a nossa infraestrutura militar e postos fronteiriços” e impôs a lei marcial.

Para além das cidades fronteiriças, também houve notícia de duas explosões em Kiev, a capital da Ucrânia. Mariupol, cidade do leste da Ucrânia, foi alvo de bombardeamentos de artilharia.

Num primeiro balanço, um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano contabilizou oito mortes e cerca de uma dezena de feridos.

Para Pedro Filipe Soares "A invasão da Ucrânia pela Rússia é inaceitável"

Na reunião da Comissão Permanente do Parlamento na quinta-feira, Pedro Filipe Soares afirmou que "o Bloco de Esquerda condena, sem reserva, o ataque que está em curso e a ocupação de território de um país soberano. Não há imperialismos bons e imperialismos maus, são todos perigosos para os povos e por isso o Bloco de Esquerda rejeita a ação militar russa". O líder parlamentar bloquista desafiou ainda o Governo a revogar os vistos gold aos oligarcas russos.

Para Sandra Cunha temos de um lado a crescente movimentação das tropas da NATO e a pressão dos Estados Unidos da América. Do outro, a escalada militar de um Putin cheio de si. No meio, um país geoestratégico que é também um poço de recursos naturais valiosíssimos. E lá dentro, pessoas que se transformam em refugiados, pessoas que sofrem, pessoas que morrem.

 

Caixa Alta, Rádio Castrense

Cristina Ferreira, 25/02/2022


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