MEDIDAS MÍNIMAS PERANTE
UMA PANDEMIA
Medidas mínimas perante uma crise, uma pandemia é a resposta que o governo PS apresenta: não são a solução, nada resolvem, pelo contrário só agravam as fragilidades já existentes, agravando condições sociais e económicas de uma população que luta com o vírus, com a manutenção do emprego.
A aposta deveria ser ao
contrário: maior apoio nas diversas áreas pois, só assim, se pode reforçar o
combate à covid19, apoiar o cumprimento das regras, bem como evitar não deixar
ninguém ao abandono.
A saúde da população continua
nas mãos do Serviço Nacional de Saúde e este necessita, urgentemente, de
medidas de apoio que possam preservar a sua capacidade de resposta, assegurar o
seu funcionamento em pleno de modo a responder a todas as situações, sejam elas
urgentes ou não.
Por outro lado, o governo
gasta milhares de milhões de euros em pagamentos a serviços de saúde privados,
utilizando os recursos públicos, mas estes têm de ser utilizados de forma
criteriosa pois não tem nenhum sentido que haja quem esteja a lucrar com a
crise. O interesse público é primordial, mas numa situação de pandemia, de
crise é imprescindível.
A ofensa feita aos
profissionais de saúde através da oferta de vales de compras, seja para angariar trabalhadores ou para aqueles
que façam mais de 40 horas semanais,
mostra bem o empenho que o governo está a colocar na resolução do
problema; vamos ajudar o Pingo Doce, esse exemplo imaculado de cumprimento da
lei ao nível fiscal e laboral, e nem sequer dá hipótese de escolha de outro
local de compra como, por exemplo, o famoso comércio local.
Na perspetiva do prolongamento
do estado de emergência, as medidas daí resultantes devem ser baseadas na
realidade das necessidades que se verificam atualmente, e nas que possam advir
do seu prolongamento ou agravamento da situação de crise, pelo que planear o que fazer e como o fazer é urgente, pois mudar todas as semanas estratégias e medidas não é coerente com a
eficácia de resultados e só cria confusão, insegurança e medo na população que
se vê confrontada com restrições e sem resultados.
Uma comunicação clara e
coerente à população permite compreender o risco, respeitar as medidas e, a
nível individual, atuar face ao risco a que está exposta.
Nove meses de pandemia exigem
fortes medidas de apoio económico e social, pois as medidas de restrição
continuam a jogar para o universo da pobreza muita gente e colocam muitos
setores em situações de rutura.
Precisamos de um orçamento
capaz de responder à crise, precisamos de políticas que tenham a coragem de
sair do populismo, da inércia, para enfrentar a realidade, as necessidades de
um país em crise.
Cristina Ferreira, 20/11/2020
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